Grupo fica em cela com presos condenados por crimes semelhantes. Direção nega que transferência tenha motivado tumulto de madrugada.
Suspeitos passaram alguns dias em celas separadas no Presídio PB1 (Foto: Walter Paparazzo/G1) |
Os sete homens suspeitos de um estupro coletivo que terminou com duas mortes em Queimadas, na Paraíba, foram transferidos na tarde da quinta-feira (23) para uma cela comum do presídio de segurança máxima PB1, em João Pessoa. O capitão Sérgio Fonseca, diretor da unidade, informou que o grupo foi retirado da sala de reconhecimento oito dias depois de terem chegado direto da Central de Polícia de Campina Grande.
Conforme o capitão, foi feita uma triagem e todos permanecem na mesma cela, junto a presidiários condenados por crimes semelhantes pelos quais eles são investigados, que são estupro e homicídio.
Na madrugada desta sexta-feira (24), o policiamento no presídio foi reforçado devido a um tumulto. Apesar do temor de que a transferência de celas pudesse causar reação dos presos, o diretor descartou que a confusão tenha acontecido por este motivo.
A ida dos suspeitos para João Pessoa foi determinada pela Justiça devido ao clima de revolta e instabilidade que o crime causou entre os detentos de cadeias e presídios da região Agreste. Além dos sete adultos, três adolescentes estão abrigados no Lar do Garoto, em Lagoa Seca, com internações provisórias já foram decretadas pela Justiça.
Indiciamento
O inquérito sobre o crime foi entregue pela Polícia Civil ao fórum de Queimadas na quarta-feira. Nele, a delegada Cassandra Duarte indiciou o grupo por estupro, homicídios e porte ilegal de arma. Com o documento em mãos para análise, o promotor Márcio Teixeira, que avalia o caso, declarou que "certamente" vai denunciar todos os suspeitos de envolvimento no crime.
Ainda segundo ele, existe a possibilidade de um dos suspeitos ser julgado separadamente. Seria um dos irmãos que teriam planejado a festa onde os estupros aconteceram. Com base nos depoimentos de oito dos dez presos, ele seria o autor dos tiros que mataram a recepcionista Michele Domingos da Silva, de 29 anos, e a professora Isabela Monteiro, de 27.
Fonte: G1 PARAÍBA
Sertãozinho Notícias - PB
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