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sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Suspeitos de estupro coletivo na PB são transferidos para cela comum

Grupo fica em cela com presos condenados por crimes semelhantes. Direção nega que transferência tenha motivado tumulto de madrugada.

 

Suspeitos passaram alguns dias em celas separadas
no Presídio PB1 (Foto: Walter Paparazzo/G1)
Os sete homens suspeitos de um estupro coletivo que terminou com duas mortes em Queimadas, na Paraíba, foram transferidos na tarde da quinta-feira (23) para uma cela comum do presídio de segurança máxima PB1, em João Pessoa. O capitão Sérgio Fonseca, diretor da unidade, informou que o grupo foi retirado da sala de reconhecimento oito dias depois de terem chegado direto da Central de Polícia de Campina Grande.

Conforme o capitão, foi feita uma triagem e todos permanecem na mesma cela, junto a presidiários condenados por crimes semelhantes pelos quais eles são investigados, que são estupro e homicídio.

Na madrugada desta sexta-feira (24), o policiamento no presídio foi reforçado devido a um tumulto. Apesar do temor de que a transferência de celas pudesse causar reação dos presos, o diretor descartou que a confusão tenha acontecido por este motivo.

A ida dos suspeitos para João Pessoa foi determinada pela Justiça devido ao clima de revolta e instabilidade que o crime causou entre os detentos de cadeias e presídios da região Agreste. Além dos sete adultos, três adolescentes estão abrigados no Lar do Garoto, em Lagoa Seca, com internações provisórias já foram decretadas pela Justiça.
 
Indiciamento
 
O inquérito sobre o crime foi entregue pela Polícia Civil ao fórum de Queimadas na quarta-feira. Nele, a delegada Cassandra Duarte indiciou o grupo por estupro, homicídios e porte ilegal de arma. Com o documento em mãos para análise, o promotor Márcio Teixeira, que avalia o caso, declarou que "certamente" vai denunciar todos os suspeitos de envolvimento no crime.

Ainda segundo ele, existe a possibilidade de um dos suspeitos ser julgado separadamente. Seria um dos irmãos que teriam planejado a festa onde os estupros aconteceram. Com base nos depoimentos de oito dos dez presos, ele seria o autor dos tiros que mataram a recepcionista Michele Domingos da Silva, de 29 anos, e a professora Isabela Monteiro, de 27.

Fonte: G1 PARAÍBA

Sertãozinho Notícias - PB

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