As famílias tradicionais da Cidade de Sertãozinho esperam com expectativa para comemorar os 83 anos da festa dos Santos Reis, a maior e mais conhecidas de todas as Cidades do Estado da Paraíba.
O evento provavelmente tenha sido inaugurada em 1930, mais somente em janeiro de l933 a festa dos Santos Reis tornou-se tradição e uma paixão de todos os sertãozinhenses e um ponto de encontro de gerações.
Todo o ano é assim: aqueles que partiram para ganhar a vida ou morar noutras Cidades, Estados e até no Exterior reservam entre 03 e 05 dias de suas férias para marcar presença em Sertãozinho nos dias 05 e 06 de Janeiro para matar as saudades da terra natal e rever os amigos, além claro, da família e relembrar os áureos tempos de criança e da juventude.
Todo o ano é assim: aqueles que partiram para ganhar a vida ou morar noutras Cidades, Estados e até no Exterior reservam entre 03 e 05 dias de suas férias para marcar presença em Sertãozinho nos dias 05 e 06 de Janeiro para matar as saudades da terra natal e rever os amigos, além claro, da família e relembrar os áureos tempos de criança e da juventude.
Não sabemos ao certo como tudo começou, mais constatamos em pesquisa que o saudoso Severino Ferreira que gerenciou por muitos anos o Armazém Arruda (um verdadeiro Porto Seco), de João Arruda, a maior rede de distribuição no atacado e varejo de alimentos perecíveis e não perecíveis, implementos agrícolas, tecidos, artigos, presentes, de querosene e gasolina para toda a região, na época, inclusive para Guarabira e Nova Cruz, um verdadeiro Porto Seco, quem organizou e deu os seus primeiros passos para o acontecimento sem jamais pensar que um dia a Festa dos Santos Reis se tornaria um grandioso e tradicional da Paraíba.
Graças a Zacarias Pontes que passou a ajudar seu Ferreira, a partir de 1935 com a sua visão e organização a festa dos Santos Reis passou por mudanças operacionais. Ela beneficiara os pequenos comerciantes que traziam seus produtos do sítio e de outras cidades, inclusive os vendedores de bebidas quentes como água ardente, cerveja, vinhos, jurubebas etc., e também, os que comercializavam sobre tabuleiros e balaios alfenim, rapadura, sequilhos, solda, pães, refrescos entre outros comestíveis.
A festa ficou tão chique que até aqueles que gostavam de jogos de apostas ou passa tempo como caipira, baralho, jaburu, pacará, três cartas e roda de ficha roleta que apontava os bichos da sorte tinham o seu local.
A elite e famílias que vinham de outras cidades se divertiam no Parque de Diversão. O Carrossel de Cavalinhos animado por um tocador de concertina, a Roda Gigante, as Canoas, todos iluminados por luz de Carbureto ou motor com gerador era um delírio. Tudo era divertido. A criançada brincava no Parque e ainda levava para casa as Bolas de Festas (Bexigas). Por todas as Ruas Centrais os casais passeavam de mãos dadas e namoravam embalados ao som da concertina levados pela "sopa", nome dados aos ônibus da época.
Os trens chegavam lotados, caminhões, jumentos e cavalos vinham de todos os lados. Era o meio de transportes dos frequentadores. A festa era animada. O povo se divertia junto aos amigos e familiares. Foi assim até 1953 quando João de Barros, Tico e Joaquim Bernardo idealizaram o primeiro Pavilhão, um avanço extraordinário que encantou a juventude e a velha guarda. Cercado de bambus o pavilhão foi implantado ao lado da antiga Igreja Sagrado Coração de Jesus, hoje Nossa Senhora da Conceição e a grande atração era um sanfoneiro, um panderista, e isso durou até l956 quando deu lugar as orquestras de metais vindas de Guarabira e outras vezes de Serra da Raiz.
No pavilhão as mesas eram servidas por garçonetes, umas vestidas de azul outras de vermelho e os rapazes as disputavam com os olhares e por uma parte de dança. Os estafetas levando e trazendo telegramas para as moças e rapazes, sem esquecer-se lindas donzelas vestidas de Soldados que prendiam rapazes que eram soltos mediante fiança.
Adroaldo e Belmira Alconforado, seu Dudu e dona Belmira, como gostavam de serem chamados, foram os grande incentivadores da festa dos Santos Reais. Eles também tiveram uma importância impar para o progresso de Sertãozinho. Como seu Dudu, os irmãos Sindulfo e João Arruda promoveram o progresso de nossa terra. Eles foram grandes geradores de emprego e renda com o primeiro colocando Sertãozinho em primeiro lugar como produto de agave(sisal) da Paraíba.
Mesmo sendo João Ferreira e Zacarias Pontes os cabeças de tudo ninguém pode esquecer-se dos apoiadores e incentivadores Dona Creusa e seu Catão, Severino Felix Santa Rosa e Dona Bilinha, João Felipe, José e Maria Pilão, Severino Felipe, José de Zacarias, José e Manoelzinho Felipe, Antonio Basílio e Dona Rosinha, Seu Manoel Claudino e Família, Dona Alice Felipe, seu Joãozinho e Rosinha Felipe, seu Campelo e família, José Lira e família e tantos outras pessoas que direta ou indiretamente contribuíram para que a o dia dos Santos Reis tornar-se um marco de nossa história sob a benção do Monsenhor Odilon Alves Pedrosa que respondia a época pela Igreja Católica Sagrado Coração de Jesus, onde hoje está edificada a Igreja Nossa Senhora da Conceição administrada pelo padre Demétrio Pereira de Morais.
Com a programação já definida, a festa terá como atrações no dia 04 de Janeiro as bandas Mastruz com Leite e Bem Bolado. No dia 05 é a vez das Bandas Magníficos e Forró da Bolação.
Esse ano a festa contará com uma novidade, o “Espaço do Brega” que deve atrair os admiradores das canções de antigamente, começando logo cedinho a partir das 17h00.
Da Redação
Sertãozinho Notícias - PB
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