sub-paginas

quinta-feira, 1 de março de 2012

Pais de vítima de estupro coletivo na Paraíba pedem sequestro de bens

Família de Michele da Silva argumenta que ela era principal fonte de renda. Polícia Civil abriu um inquérito para apurar a origem dos bens de acusados.


A família de uma das mulheres mortas durante um estupro coletivo em Queimadas, na Paraíba, entrou com uma ação na terça-feira (28) pedindo o sequestro de bens dos dois irmãos acusados de planejar os crimes. De acordo com o advogado Francisco Pedro da Silva, que representa o pai e mãe da recepcionista Michele Domingues da Silva, o processo pede o leilão de carros e motocicletas importados, cavalos de raça e de imóveis que pertenceriam a Eduardo e Luciano dos Santos Pereira.

Ainda segundo o advogado, os valores arrecadados pela Justiça seriam revertidos em indenização para os pais de Michele, sob o argumento de que a vítima representava a principal fonte de renda da casa. "A Paraíba ficou atônita com esse crime. Esperamos que a juíza defira o nosso pedido", comentou Francisco Pedro. O processo será avaliado pela juíza Flávia Baptista Rocha, da 1ª Vara da comarca de Queimadas.

Nesta semana, a Justiça aceitou as denúncias e representações do Ministério Público da Paraíba contra os sete adultos e três adolescentes apontados como envolvidos nos crimes. Nove integrantes do grupo serão julgados monocraticamente por estupro, cárcere privado, lesão corporal e formação de quadrilha. Além destes quatro crimes, Eduardo dos Santos Pereira será levado ao tribunal do júri devido à acusação por dois homicídios qualificados.

Paralelo às investigações sobre o estupro coletivo e os dois homicídios, a Polícia Civil abriu um inquérito para apurar a origem dos bens de Eduardo e Luciano. Segundo o delegado regional de Campina Grande, André Rabelo, um deles possuía alto padrão de vida apesar de não trabalhar. “Possuiu carros novos, cavalo de raça e vive sem nunca trabalhar, sem bater um prego em uma barra de sabão”, declarou o delegado em entrevista ao Fantástico.

A principal suspeita é sobre a existência de uma ligação deles com o traficante Nem, do Rio de Janeiro. A família de Nem tem origens na cidade de Queimadas e um dos irmãos já morou na Rocinha. Mesmo com as investigações ainda em andamento, o advogado Francisco Pedro acredita que a ação pelo sequestro dos bens independe do resultado do inquérito. "Se surgir algum bem a mais do que já foi listado pela Polícia Civil, vamos pedir que a medida seja extensa ao novo montante", explicou.

Fonte: G1 PARAÍBA

Sertãozinho Notícias - PB

Nenhum comentário:

Postar um comentário