Trio faz parte de uma quadrilha que agia desde 2010, segundo a polícia. Polícia chegou a suspeito depois de denúncia do detento do PB1.
Carro comprado com dinheiro das explosões contra caixas eletrônicos, segundo a polícia, também foi apreendido (Foto: Jorge Machado/G1) |
A polícia anunciou nesta segunda-feira (3) a prisão de três pessoas que
aconteceu no sábado (1º). Eles são suspeitos de integrar uma quadrilha
especializada em explosões contra agências bancárias em João Pessoa
e Região Metropolitana. As prisões aconteceram no bairro de Mangabeira,
na capital paraibana. Segundo a polícia, o grupo participou das
explosões de caixas eletrônicos em um shopping no bairro do Bessa e tem
articulações com assaltantes de estados vizinhos, a exemplo de Pernambuco.
A polícia chegou até os suspeitos depois que a Secretaria da
Administração Penitenciária (Seap) recebeu a informação de um detento do
Complexo Penitenciário Romeu Abrantes, o PB1, de que seis pessoas
atacariam os caixas de um shopping de João Pessoa. A polícia foi
acionada, mas três dos suspeitos conseguiram fugir.
“De posse dessa informação, entramos em contato com a Delegacia de
Roubos e Furtos e montamos a operação para prender os suspeitos”, disse o
secretário da Seap, Wallber Virgolino. A operação começou na
quarta-feira (29) e acabou no sábado com as prisões. No trio está uma
mulher que já foi presa por tráfico.
De acordo com o gerente executivo da Polícia Civil Metropolitana,
Wagner Dorta, o trio é suspeito de integrar uma quadrilha responsável
por grande parte dos ataques a bancos praticados desde 2010 em João
Pessoa e Região Metropolitana. “Entre os ataques que o grupo praticou
podemos citar a explosão ocorrida contra caixas eletrônicos localizados
em um shopping no bairro do Bessa e o ataque contra uma agência do banco
de Jacaraú”, detalhou.
Delegados e secretário contaram como grupo agia para roubar bancos (Foto: Jorge Machado/G1) |
O grupo, ao todo seis pessoas, estava em uma casa alugada no bairro de
Mangabeira. “Esse era um dos pontos que o grupo usava para se articular,
planejar as ações criminosas”, acrescentou Wagner Dorta.
Com o grupo, foram apreendidos sete artefatos explosivos, coletes à
prova de bala, pé-de-cabra, equipamento usado para violar caixas
eletrônicos, e máquinas de proteção facial que são usadas durante as
explosões, além de materiais que serão periciados. Dois carros ainda
foram encontrados em poder do grupo. Um deles pode ter sido roubado do Recife, em Pernambuco.
“Há fortes indícios de que um desses carros foi roubado e o outro foi
comprado na quarta-feira provavelmente com o dinheiro dos ataques a
caixas eletrônicos praticados pelo grupo”, acrescentou o delegado Thiago
Sanders, da Delegacia de Roubos e Furtos de João Pessoa, responsável
pelas investigações. Segundo a polícia, apenas a mulher já havia sido
presa por tráfico.
“Os outros dois já são velhos conhecidos da polícia. Porém, o chefe do
bando, um homem de 36 anos, não foi preso por agir de maneira muito
ardilosa. É muito experiente e, nas ações, destruía qualquer indício que
fizesse com que a polícia chegasse até ele, como destruir circuito
interno de imagem, por exemplo”, explicou Sanders.
Entre o material apreendido, estavam artefatos explosivos e bananas de dinamite (Foto: Jorge Machado/G1) |
Quadrilha bem articulada
Wagner Dorta explicou ainda que a quadrilha é bem articulada e tem atuações em estados vizinhos, como Pernambuco, Rio Grande do Norte e Ceará. “É um grupo bem extenso, haja vista que um dos chefes sempre traz bandidos de outros estados para atuar na capital e região”, disse.
Para o gerente executivo da Polícia Civil Metropolitana, o grupo pode
estar envolvido com a ação contra agências bancárias em Princesa Isabel,
Sertão do estado. Na ação ocorrida na sexta-feira (31) bandidos fizeram
moradores reféns, além de queimarem veículos e atirarem a esmo durante a
fuga.
“A polícia ainda não pode afirmar que esse grupo tenha relação com os
ataques a Princesa Isabel. Mas, pelo poder de articulação que tem esse
grupo, é uma possibilidade que não podemos descartar”, enfatizou.
Prejuízo
Wagner Dorta afirmou ainda que os prejuízos causados contra as instituições financeiras podem ser milionários. “Os bancos não repassam os valores que foram subtraídos durante as ações criminosas. No entanto, podemos avaliar que os prejuízos podem chegar a R$ 1 milhão, seguramente”, garantiu.
Dorta disse ainda que o dinheiro das ações criminosas tinham
finalidade. “A quadrilha comprava carros luxuosos e casas. Vamos
solicitar a justiça o sequestro desses bens”, disse.
Fonte: G1 PB
Sertãozinho Noticias - PB
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