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segunda-feira, 3 de junho de 2013

Polícia anuncia prisão de trio suspeito de explosões contra bancos na PB

Trio faz parte de uma quadrilha que agia desde 2010, segundo a polícia. Polícia chegou a suspeito depois de denúncia do detento do PB1.


Carro comprado com dinheiro das explosões
contra caixas eletrônicos, segundo a polícia,
também foi apreendido (Foto: Jorge Machado/G1)
A polícia anunciou nesta segunda-feira (3) a prisão de três pessoas que aconteceu no sábado (1º). Eles são suspeitos de integrar uma quadrilha especializada em explosões contra agências bancárias em João Pessoa e Região Metropolitana. As prisões aconteceram no bairro de Mangabeira, na capital paraibana. Segundo a polícia, o grupo participou das explosões de caixas eletrônicos em um shopping no bairro do Bessa e tem articulações com assaltantes de estados vizinhos, a exemplo de Pernambuco.

A polícia chegou até os suspeitos depois que a Secretaria da Administração Penitenciária (Seap) recebeu a informação de um detento do Complexo Penitenciário Romeu Abrantes, o PB1, de que seis pessoas atacariam os caixas de um shopping de João Pessoa. A polícia foi acionada, mas três dos suspeitos conseguiram fugir.

“De posse dessa informação, entramos em contato com a Delegacia de Roubos e Furtos e montamos a operação para prender os suspeitos”, disse o secretário da Seap, Wallber Virgolino. A operação começou na quarta-feira (29) e acabou no sábado com as prisões. No trio está uma mulher que já foi presa por tráfico.

De acordo com o gerente executivo da Polícia Civil Metropolitana, Wagner Dorta, o trio é suspeito de integrar uma quadrilha responsável por grande parte dos ataques a bancos praticados desde 2010 em João Pessoa e Região Metropolitana. “Entre os ataques que o grupo praticou podemos citar a explosão ocorrida contra caixas eletrônicos localizados em um shopping no bairro do Bessa e o ataque contra uma agência do banco de Jacaraú”, detalhou.


Delegados e secretário contaram como grupo agia
para roubar bancos (Foto: Jorge Machado/G1)
O grupo, ao todo seis pessoas, estava em uma casa alugada no bairro de Mangabeira. “Esse era um dos pontos que o grupo usava para se articular, planejar as ações criminosas”, acrescentou Wagner Dorta.

Com o grupo, foram apreendidos sete artefatos explosivos, coletes à prova de bala, pé-de-cabra, equipamento usado para violar caixas eletrônicos, e máquinas de proteção facial que são usadas durante as explosões, além de materiais que serão periciados. Dois carros ainda foram encontrados em poder do grupo. Um deles pode ter sido roubado do Recife, em Pernambuco.

“Há fortes indícios de que um desses carros foi roubado e o outro foi comprado na quarta-feira provavelmente com o dinheiro dos ataques a caixas eletrônicos praticados pelo grupo”, acrescentou o delegado Thiago Sanders, da Delegacia de Roubos e Furtos de João Pessoa, responsável pelas investigações. Segundo a polícia, apenas a mulher já havia sido presa por tráfico.

“Os outros dois já são velhos conhecidos da polícia. Porém, o chefe do bando, um homem de 36 anos, não foi preso por agir de maneira muito ardilosa. É muito experiente e, nas ações, destruía qualquer indício que fizesse com que a polícia chegasse até ele, como destruir circuito interno de imagem, por exemplo”, explicou Sanders.

Entre o material apreendido, estavam artefatos explosivos e bananas de dinamite (Foto: Jorge Machado/G1)
Quadrilha bem articulada

Wagner Dorta explicou ainda que a quadrilha é bem articulada e tem atuações em estados vizinhos, como Pernambuco, Rio Grande do Norte e Ceará. “É um grupo bem extenso, haja vista que um dos chefes sempre traz bandidos de outros estados para atuar na capital e região”, disse.

Para o gerente executivo da Polícia Civil Metropolitana, o grupo pode estar envolvido com a ação contra agências bancárias em Princesa Isabel, Sertão do estado. Na ação ocorrida na sexta-feira (31) bandidos fizeram moradores reféns, além de queimarem veículos e atirarem a esmo durante a fuga.

“A polícia ainda não pode afirmar que esse grupo tenha relação com os ataques a Princesa Isabel. Mas, pelo poder de articulação que tem esse grupo, é uma possibilidade que não podemos descartar”, enfatizou.
 
Prejuízo

Wagner Dorta afirmou ainda que os prejuízos causados contra as instituições financeiras podem ser milionários. “Os bancos não repassam os valores que foram subtraídos durante as ações criminosas. No entanto, podemos avaliar que os prejuízos podem chegar a R$ 1 milhão, seguramente”, garantiu.

Dorta disse ainda que o dinheiro das ações criminosas tinham finalidade. “A quadrilha comprava carros luxuosos e casas. Vamos solicitar a justiça o sequestro desses bens”, disse.

Fonte: G1 PB

Sertãozinho Noticias - PB

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