Delegado apontava seis vítimas antes de consolidar depoimentos. Segundo delegado regional, houve confusão com nome de uma das vítimas.
Segundo Polícia Civil, Michele e Isabela foram mortas porque reconheceram agressores (Foto: Reprodução/TV Paraíba) |
Após a consolidação dos depoimentos dos dez suspeitos de envolvimento em uma festa que terminou com um estupro coletivo e duas mortes em Queimadas, na Paraíba, o delegado regional de Campina Grande, André Rabelo, informou que o inquérito do caso totalizou cinco, e não seis estupros, conforme a Polícia Civil havia divulgado antes. Segundo o delagado, houve um engano no levantamento das vítimas porque os suspeitos usavam dois nomes diferentes para se referir a uma mesma pessoa. "Gostaria até de esclarecer que havia nesse apanhado de informações algumas dúvidas quanto a essa sexta vítima. Na verdade, se tratava de Ju, que é a própria Isabela, então foram cinco vítimas da violência sexual", explicou.
Segundo André Rabelo, as dez pessoas ouvidas pela Polícia Civil citam a professora Isabela Pajuçara Frazão Monteiro, de 27 anos, por dois nomes diferentes (Isabela e Ju), o que levantou suspeitas de que houvesse uma sexta mulher envolvida nos abusos sexuais. Conforme a delegada Cassandra Duarte, que interrogou os presos, ela e a recepcionista Michele Domingues da Silva, de 29 anos, foram executadas porque reconheceram os agressores.
De acordo com a Polícia Civil, a venda usadas nos olhos de uma das vítimas se soltou e ela percebeu que estava sendo violentada por um amigo. As duas mulheres teriam sido colocadas na carroceria de uma caminhonete. Uma delas, Michele, conseguiu pular do veículo em movimento e caiu ao lado de uma igreja, onde foi encontrada morta a tiros.
"Minha filha se jogou ao lado da igreja. Ela morreu para fazer justiça. Se não fosse daquela maneira, a justiça não teria sido feita. Talvez a gente não tivesse nem encontrado o corpo dela, nem de Ju", disse a mãe de Michele, Maria José Silva. Já a mãe de Isabela, Maria de Fátima Frazão, diz conviver com uma dor insuportável. "Meu coração de mãe está muito sofrido, porque a gente cria com tanto amor, tanta dedicação, tanto respeito e vê uma injustiça dessa", relatou.
Conforme a delegada Cassandra Duarte, os suspeitos revelaram que várias convidadas da festa chegaram a ser violentadas mais de uma vez por homens diferentes. Sete adultos e três adolescentes estão detidos por envolvimento no estupro coletivo e nas mortes. Por questão de segurança, os homens foram transferidos para a penitenciária de segurança máxima PB1, localizada em João Pessoa. De acordo com o diretor do presídio, capitão Sérgio Fonseca, eles serão mantidos em um setor separado por cinco dias e depois serão integrados ao convívio com os demais detentos.
Fonte: G1 PARAÍBA
Sertãozinho Notícias - PB
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