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quinta-feira, 26 de abril de 2012

Direção nacional do PSB diz que crise do partido na PB é normal

Segundo direção nacional, é sadio que existam posições diferentes. Crise foi externada após declarações dadas contra o prefeito Luciano Agra .


Prefeito Luciano Agra rebateu as críticas do
presidente do PSB (Foto: Jhonathan Oliveira/G1)
Um dia após o presidente do PSB da Paraíba, Edvaldo Rosas, expor uma crise interna da sigla, ao fazer duras críticas contra o prefeito de João Pessoa, Luciano Agra (PSB), a direção nacional do partido se posicionou sobre os fatos. O primeiro secretário nacional do partido, Carlos Siqueira, disse nesta quinta-feira (26) que é normal que haja posicionamentos diferentes e destacou que “isso é sadio e faz parte do pensamento democrático”. O prefeito também rebateu nesta manhã as críticas feitas pelo presidente socialista.

Em entrevista coletiva na quarta-feira (25) Edvaldo Rosas divulgou uma carta, dirigida ao prefeito, entregando o cargo de assessor do governo municipal e, ao mesmo tempo, acabou externando uma crise interna na sigla. O presidente criticou a reforma administrativa implantada pelo prefeito e disse que Agra estava perseguindo integrantes históricos do partido, que ajudaram a construir o projeto político na capital, com exonerações no secretariado.

Secretário nacional do partido, Carlos Siqueira disse que o PSB nacional acompanha as movimentações na Paraíba, mas não vai intervir em nada. “É normal que existam pessoas que pensem diferente dentro de um partido, inclusive é sadio e faz parte do pensamento democrático haver opiniões diferentes no PSB ou em qualquer outro partido", disse por telefone ao G1.

O prefeito Luciano Agra falou sobre o assunto nesta quinta antes da inauguração o bloco cirúrgico de um hospital municipal. Ele rebateu as críticas de Edvaldo Rosas e negou que esteja perseguindo membros do partido dentro da prefeitura e disse que os socialistas têm mais espaço na administração municipal que no Governo do Estado. “Perseguição não faz parte do meu comportamento nem da minha história. A composição do governo municipal hoje tem mais presença do PSB que o próprio governo estadual”, disse o prefeito.

Luciano Agra disse que apesar de ter sido atacado pelo presidente Edvaldo Rosas considerou a carta, onde ele entregou o cargo na prefeitura, um gesto de nobreza. “Até porque um presidente estadual de partido tem que trabalhar no estado todo e aí não pode ficar alojado na prefeitura”, completou o prefeito.
Perguntado se teria rompido relações políticas com o governador Ricardo Coutinho em função da crise que foi exposta , Agra disse que “de jeito nenhum”. Ele afirmou também que não acredita que as relações entre ele e os demais líderes do partido sejam abaladas. “Eu acho que a gente tem muito mais o que fazer”, completou.

Sobre as posições do partido para as eleições deste ano, o secretário Carlos Siqueira afirmou que a direção nacional tem total confiança na liderança que o governador Ricardo Coutinho vem exercendo na Paraíba e garantiu que será dado todo suporte para a candidatura de Estelizabel Bezerra (PSB), que substituiu Luciano Agra após esse desistir de disputar à reeleição.

“Inclusive temos a liderança do partido do governador do estado, Ricardo Coutinho, que corrobora com esse apoio. Neste sentido seguiremos o apoio da nossa liderança e consequentemente da decisão do diretório municipal", afirmou o dirigente nacional.

O primeiro sinal da crise do PSB havia acontecido no início de abril quando Luciano Agra, já tendo desistido de concorrer à reeleição, exonerou do cargo de secretário o presidente municipal do PSB, Ronaldo Barbosa. No momento ele mostrou que a situação dentro do partido não era das melhores, pois tomou a decisão após Barbosa dizer que, se ele quisesse voltar a concorrer, não teria legenda. Na mesma semana houve uma reunião da legenda em que Agra se comprometeu em apoiar Estelizabel Bezerra (PSB), sua substituta na disputa.

Na carta divulgada na quarta-feira Edvaldo Rosas disse que Agra estava perseguindo na prefeitura os membros do partido que se colocaram contra o desejo dele de voltar a se tornar candidato nas eleições de outubro.

“Na condição de presidente do partido não posso continuar assistindo inerte as iniciativas tomadas por vossa excelência, no que resolveu chamar de reforma administrativa, esvaziando a participação do PSB no governo de João Pessoa”, destacou Rosas na carta. “Processo de exoneração sem conversa prévia com nenhum dos exonerados é uma atitude de profundo desrespeito”.

Fonte: G1 PARAÍBA

SERTÃOZINHO NOTÍCIAS - PB

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