Os professores e os técnico-administrativos, do Campus de João Pessoa, do IFPB estão em greve a partir desta terça, 05, por tempo indeterminado. A decisão foi tomada em assembleia na última sexta, 01.
A assembleia contou com a participação das entidades estudantis do IFPB e do Campus de João Pessoa que aprovaram a decisão dos professores e técnico-administrativos em deflagrar a greve antes do calendário nacional indicado pelo Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (SINASEFE).
Para justificar a greve, os servidores criticaram a intransigência do Governo Federal que suspendeu a reunião do último dia 28, em Brasília, com o GT-Carreira do Magistério Superior e de EBTT. Também foi alegada a defasagem salarial dos servidores públicos federais e, especificamente, da área da educação.
Foi informado, na assembleia, que os professores de 52 universidades federais já estão em greve por tempo indeterminado e que, a partir do próximo dia 11, os técnico-administrativos dessas instituições vão aderir ao movimento que vem crescendo em nível nacional.
Foi alegado que o Governo Federal fez a maior expansão do ensino técnico da história do País sem, no entanto, dar condições para o funcionamento das instituições que se encontram em situações precárias. O Campus de João Pessoa foi a primeira unidade da Rede Federal de Educação Tecnológica da Paraíba a aderir ao movimento de greve nacional da educação federal.
Greve em outro Campus
Ainda na tarde de sexta-feira (01), os servidores técnico-administrativos e docentes do Campus de Cabedelo, do IFPB, também realizaram uma assembleia da categoria e aprovaram, por maioria, o indicativo de greve para o dia 13 de junho.
Até a referida data, o comando de greve instituído pretende mobilizar a categoria para fortalecimento do movimento grevista no IFPB. Na assembleia, foi denunciada a falta de infraestrutura do Campus de Cabedelo para o desenvolvimento das atividades de ensino, pesquisa e extensão.
Os estudantes denunciaram que as salas de aula não são adequadas, faltando espaços de convivência na unidade, restaurante e laboratórios. Alguns professores revelaram que compram material didático com o salário para viabilizar as atividades acadêmicas. Os técnicos, por sua vez, reclamaram da falta de espaços físicos para instalação das coordenações.
Uma questão mais grave, denunciada na assembleia, foi a evasão de alunos dos cursos ministrados no Campus de Cabedelo. Os docentes reclamaram de estarem sobrecarregados com as diversas disciplinas e a implantação do PRONATEC, de forma arbitrária, sem discussão com a comunidade.
A assembleia instituiu o comando de greve local que vai conduzir o movimento grevista e indicou o servidor Adriano Ferreira como delegado para participar da 109ª Plena do SINASEFE, em Brasília, nesta quarta-feira, 06.
Fonte: Click PB
Sertãozinho Notícias - PB
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