Advogado de defesa do réu apresentou atestado médico e júri foi adiado. Prisão preventiva foi decretada a pedido do Ministério Público.
Eduardo Paredes, reú no caso Fátima Lopes, no Tribunal do júri(Foto: Jorge Machado/G1) |
O júri popular do caso Fátima Lopes, morta em um acidente de trânsito
em dezembro de 2010, foi adiado para o dia 19 de dezembro. O pedido de
adiamento foi do advogado do réu, Abraão Beltrão, que apresentou
atestado médico e não compareceu ao tribunal. A partir desta
quarta-feira (31), o psicólogo Eduardo Paredes, réu no processo, vai
aguardar o julgamento preso.
A prisão preventiva dele foi decretada pelo juiz José Aurélio da Cruz,
do 2º Tribunal do Júri, a pedido do promotor Edjacy Luna. Eduardo
Paredes já foi encaminhado para o 5º Batalhão da Polícia Militar, onde
vai ficar preso. A prisão preventiva do acusado foi decretada porque, de
acordo com o Ministério Público, ele descumpriu uma das condições de
liberdade provisória. Eduardo Paredes também é acusado de ter matado uma
comerciante em um acidente no bairro Mangabeira.
O juiz José Aurélio da Cruz acredita que o réu fique preso até o dia do
julgamento. "Julguei procedente o pedido do Ministério Público ante os
autos expostos e por isso decretei a prisão preventiva do acusado",
afirmou.
Carol Lopes e David se emocionaram com a prisão preventiva do réu (Foto: Jorge Machado/G1) |
Após ser decretada a prisão, o juiz ainda pediu que os advogados de
defesa do réu que estavam na audiência se pronunciassem, mas os que
estavam presentes disseram que Abraão Beltrão, o advogado que apresentou
atestado médico, seria o responsável pelo caso.
Toda família da defensora compareceu ao tribunal. "É um alívio muito
grande. É uma vitória contra os expedientes que vêm sido usados pela
defesa do acusado para adiar o julgamento", afirmou David Lopes, filho
da defensora.
"Isso significa que a população vai ficar em segurança, sem correr o
risco que esse cara tire outras vidas", afirmou a filha de Fátima Lopes,
Carol Lopes.
Familiares e amigos estiveram presente na audiência (Foto: Jorge Machado/G1) |
O promotor Edjacy Luna acredita que Eduardo Paredes vai ser condenado
por dolo eventual, quando se assume o risco de matar. O acusado deve
pegar de 12 a 30 anos de prisão. "O Ministério Público tem certeza da
condenação. Há qualificadores que comprovam a conduta reincidente do
acusado, a sua insensibilidade para cometer crimes", afirmou.
Arnaldo Scorel, um dos advogados de acusação, disse que a prisão
preventiva de Eduardo Paredes significa uma grande vitória. "Com ele
preso, não vai ser mais possível que o advogado do acusado recorra a
expedientes para adiar o julgamento novamente", explicou.
A agilidade no processo também foi um dos ganhos que a prisão
preventiva trouxe ao julgamento do caso Fátima Lopes, ainda de acordo
com Arnaldo Scorel. "O réu estando preso, o processo corre mais rápido. A
Justiça já deu a oportunidade ao acusado, que ele não aproveitou
tirando a vida de outra pessoa", concluiu.
O acidente
Em 24 de janeiro de 2010, por volta das 6h, a caminhonete de Eduardo Paredes bateu no carro da então defensora pública-geral, Fátima de Lourdes Lopes Correia Lima. E a suspeita é que ele estaria embriagado.
O acidente foi no cruzamento das avenidas Epitácio Pessoa com a
Prefeito José Leite, sentido Centro-Praia, em João Pessoa. Devido a
violência da colisão, Fátima Lopes morreu e seu marido, Carlos Marinho
de Vasconcelos Correia Lima, ficou gravemente ferido.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, Eduardo Paredes é
acusado de cometer homicídio doloso, quando há intenção de matar. Ele
teria ultrapassado o sinal vermelho, dirigido em alta velocidade e sob
efeito de bebida alcoólica, assumindo o risco de uma morte. O réu chegou
a ser detido no Centro de Ensino da Polícia Militar, mas a Câmara
Criminal do Tribunal de Justiça concedeu o habeas corpus em março de
2010.
Fonte: G1 PARAÍBA
Sertãozinho Notícias - PB
Espero que a justiça seja feita por completo nesse caso, é um ganho ter sido decretada a prisão preventiva dele, mas que no dia do juri ele seja condenado e pague pelos crimes que ele cometeu ao tirar a vida de 2 mulheres. Gabriel Albuquerque.
ResponderExcluirNÃO SEI PARA VOCÊS, MAS NÃO É SURPRESA A DEFESA COLOCAR ATESTADO PARA ADIAR O JULGAMENTO CREIO EU QUE A PRISÃO PREVENTIVA FOI UM PRIMEIRO PASSO PRA GRANDE VITORIA DESSA BATALHA. UM HOMEM QUE MATOU DUAS MULHERES DA MESMA FORMA EM UM ACIDENTE DE TRANSITO MOSTRA O QUANTO É UM PERIGO PARA TODA SOCIEDADE QUE ELE PERMANEÇA LIVRE POR AI PRONTO PRA FAZER UMA NOVA VITIMA. CONDENAÇÃO A ALGUNS ANOS DE CADEIA É O MÍNIMO PARA UMA PESSOA COMO ESSA.
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