A agência do Banco do Brasil no Manaíra Shopping, além de parte
do estacionamento do subsolo, alojamentos e vestuários de
funcionários, acessos internos exclusivos de empregados, uma
grua artesanal e duas oficinas improvisadas em locais confinados
foram interditados pela Superintendência Regional do Trabalho e
Emprego a pedido do Ministério Público do Trabalho. A informação
foi dada hoje (quinta-feira) à tarde pelo procurador-chefe
do Trabalho na Paraíba, Cláudio Queiroga Gadelha, juntamente com o
superintendente do Trabalho e Emprego, Rodolfo Catão, e o auditor
do Trabalho Clóvis da Silveira Costa, chefe do Núcleo de Saúde e
Segurança do Trabalho da SRTE, durante entrevista coletiva à
imprensa no auditório do MPT.
As interdições foram feitas
após análise da inspeção realizada na quarta-feira, por iniciativa
do MPT, após a divulgação de imagens dos alagamentos ocorridos no
último fim de semana naquele shopping, colocando em risco a
segurança dos trabalhadores e, também, dos clientes.
O
proprietário do shopping, Roberto Santiago, foi notificado hoje
pela manhã e terá que dar início, imediatamente, às obras de
regularização dos ambientes, que somente serão liberados após a
conclusão dos trabalhos e nova inspeção que constate o cumprimento
das medidas.
O procurador Cláudio Gadelha informou que
abriu inquérito civil público instruído com o laudo pericial
produzido pelo próprio MPT, durante a fiscalização desta semana;
pelo relatório final da SRTE e pelo relatório do Corpo dos
Bombeiros. "Nós vamos propor ao empresário Roberto Santiago a
elaboração e execução de um plano permanente de manutenção
preventiva. Para isso, vamos elaborar um Termo de Ajuste de
Conduta, especificando os tipos de conduta a serem adotados. Em
caso de descumprimento do TAC serão fixadas multas, bem mais
pesadas do que as aplicadas pela própria Superintendência do
Trabalho e Emprego (em média R$ 5 mil por cada empregado em
risco), além de instauração de uma ação civil pública. Mas nós
acreditamos que há o interesse do empresário no sentido de atender
às necessidades de prevenção", disse o procurador-chefe do MPT.
Segundo
ele, o plano a ser proposto envolve as áreas de estrutura física
do prédio, além das estruturas hidráulica e elétrica; saídas de
emergência e construção e reformas.
O procurador e o
superintendente do Trabalho e Emprego afirmaram, ainda, que existe
a pretensão de novas fiscalizações conjuntas em outros shoppings
do Estado.
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