Suspeitos de desvio de verbas públicas foram afastados por ordem judicial. Um deles foi preso e o outro é considerado foragido desde sexta-feira (4).
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| Policiais federais fazem buscas durante a Operação Dublê, na Paraíba (Foto: Walter Paparazzo/G1) |
Os vice-prefeitos das cidades de Catingueira e Cacimba de Areia, no Sertão paraibano, tomaram posse neste fim de semana depois que um dos prefeitos foi preso e outro foi considerado foragido durante a Operação Dublê, da Polícia Federal. Os ex-chefes municipais foram afastados de suas funções por determinação judicial, devido às suspeitas de envolvimento em um esquema de desvio de R$ 5 milhões de verbas públicas em benefício particular. No total, sete pessoas estão presas. Além dos ex-gestores, são suspeitos de envolvimento secretários municipais, funcionários públicos e empresários.
O ex-prefeito de Catingueira, José Edivan Félix (PR), foi preso na sexta-feira (4), quando a operação foi deflagrada. Ele prestou depoimento e foi encaminhado ao Presídio Regional Romero Nóbrega, da cidade de Patos. Quem assumiu a chefia foi Odir Pereira Borges Filho, durante sessão ordinária ocorrida no sábado (5) na presença de cinco vereadores.
Já o prefeito de Cacimba de Areia, Inácio Roberto de Lira Campos (PMDB), é considerado foragido desde sexta-feira. Segundo a delegada Mariana Cavalcanti de Sousa, da Polícia Federal de Patos, ele fugiu pulando um muro quando os policiais chegaram à sua casa. Segundo o superintendente da Polícia Federal, Marcello Diniz Cordeiro, a PF pode pedir a conversão da prisão temporária em preventiva, uma vez que o ex-gestor teria conhecimento de que estava sendo procurado.
No lugar de Inácio tomou posse Sebastião Ferreira da Silva, também no sábado. A expectativa da Polícia Federal é de que o ex-prefeito se apresente ainda nesta segunda-feira (7).
O presidente estadual do PMDB, Antônio de Sousa, disse vai esperar a sentença judicial para se manifestar oficialmente a respeito do envolvimento do prefeito de Cacimba de Areia em ações de desvio de dinheiro. Mesmo assim, segundo ele, o partido tem que prestar solidariedade ao filiado inclusive colocando o setor jurídico do partido à disposição dele.
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| Escritório é inspecionado por agentes da PF (Foto: Abrantes Júnior/Paraíba FM) |
No sábado, a PF começou a analisar o material apreendido nas sedes das prefeituras e em escritórios de empresas que prestavam consultoria para a confecção de licitações fraudulentas.
Como funcionava o esquema
Segundo a Polícia Civil, o dinheiro desviado seria de programas do governo federal. Para fazer uso particular dos recursos, os políticos e funcionários públicos teriam sacado valores nas tesourarias das prefeituras e criado licitações fictícias com notas fiscais clonadas. A falsificação serviria para prestar contas aos orgãos fiscalizadores, como o Tribunal de Contas do Estado da Paraíba.
Conforme a PF, os envolvidos no esquema podem ser indiciados pelos crimes de responsabilidade de prefeitos, fraude a licitação, falsidade ideológica e formação de quadrilha.
Fonte: G1 PARAÍBA
Sertãozinho Notícias - PB
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