Uma ação pente fino também acontece no presídio PB1. Detentos são levados para outros presídios de João Pessoa.
Detentos do presídio PB1 foram transferidos para presídios da capital (Foto: Walter Paparazzo/G1) |
Nesta sexta-feira (1º) acontece a transferência de 150 detentos do Complexo Penitenciário de Segurança Máxima Romeu Gonçalves de Abrantes, mais conhecido como PB1 e PB2, em João Pessoa. O presídio foi palco de uma rebelião que durou 18 horas nesta terça (29) e quarta-feira (30).
A ação começou no início da manhã com mais de 200 policiais. Equipes entraram no presídio para uma operação pente fino nos pavilhão 2 do PB1, onde ainda não havia sido feita inspeção após o tumulto. "Após a operação, julgamos conveniente transferir 150 homens", explicou o gerente-executivo do Sistema Penitenciário da Paraíba, tenente-coronel, Arnaldo Sobrinho.
Cerca de 200 homens da PM participaram de operação (Foto: Walter Paparazzo/G1) |
Até as 10h20 desta sexta-feira (1º) ainda não havia balanço sobre as apreensões feitas dentro do presídio, mas três carros da escolta penitenciária deixaram o Complexo Segurança Máxima. No primeiro veículo estavam 8 agentes penitenciários detidos durante a operação Hidra. Eles são suspeitos de participar de um esquema de tráfico de drogas que teria como mandantes detentos do Presídio Regional Romero Nóbrega, em Patos. No total foram cumpridos 23 madados de prisão em março.
Os veículos têm capacidade para 10 detentos e até às 10h20, pelo menos 28 pessoas já haviam deixado o PB1. O tenente-coronel explicou que os 150 detentos estavam no pavilhão 2 do PB1, o único pavilhão que não participou da rebelião. Eles serão distribuídos em presídios de João Pessoa.
Grupo Penitenciário de Operações Especiais entram no presídio PB1 (Foto: Walter Paparazzo/G1) |
Cerca de 200 policiais militares e agentes penitenciários participam da uma operação. No local estão equipes da Tropa de Choque da PM e do Grupo Penitenciário de Operações Especiais da Paraíba (GPOE) estão no presídio. A polícia ainda não divulgou o balanço do material apreendido nas celas do pavilhão 2.
O diretor do Complexo PB1 e PB2, capitão Sérgio Fonseca, informou que durante a rebelião os detentos destruíram três dos quatro pavilhões do local: “eles acabaram a parte interna, mas não conseguiram sair dos pavilhões”. O diretor disse ainda que os detentos ficaram abrigados na área de emergência do complexo.
Atualmente a penitenciária abriga cerca de 700 detentos. Durante a primeira operação pente fino após a rebelião, que aconteceu ainda na quarta-feira (30), a polícia apreendeu bananas de dinamite no PB1. As visitas previstas para acontecerem na sexta-feira (1º) e domingo (3) estão suspensas por tempo indeterminado no complexo.
Rebeliões
Por volta das 20h da terça-feira (29) detentos das penitenciárias Flósculo da Nóbrega e Romeu Gonçalves de Abrantes, mais conhecidos como Roger e Complexo Penitenciário de Segurança Máxima Romeu Gonçalves de Abrantes, mais conhecido como PB1 e PB2, iniciaram as rebeliões.
Após tumulto, Pavilhão 2 do PB2 ficou destruído (Foto: Divulgação/Seap) |
No Complexo de Segurança Máxima PB1 e PB2 na noite da terça-feira os detentos atearam fogo em objetos, provavelmente, em colchões. Um dos detentos foi ferido com um tiro na cabeça e encaminhado para o Hospital de Emergência e Trauma. Ele chegou em estado gravíssimo e morreu às 18h30 da quarta-feira (30) no hospital.
Já no presídio do Roger, na quarta-feira (30) os detentos também atearam fogo em áreas dos pavilhões. A Secretaria de Comunicação da Paraíba informou às 10h30 que a rebelião no Roger já havia sido contida, mas às 11h30 os detentos incendiaram mais objetos e barulho de tiro foi ouvido. De acordo com Josenildo Porto, diretor da penitenciária, os tiros foram disparados para que os detentos descessem do teto do presídio e são usadas armas não letais. Ele está negociando com os rebelados e o fogo foi controlado.
Um comitê de negociações foi formado pelas Secretarias de Segurança e Defesa Social, Administração Penitenciária, Comando da PM, Bombeiros e Pastoral Carcerária, para realizar as negociações com os detentos. Após 18 horas de tumulto as rebeliões foram controladas ainda na quarta-feira (30).
Motivos
O presidente da Ordem dos Advogados (OAB) do Brasil, seccional Paraíba, Odon Bezerra, afirmou que entrou em contato com os rebelados e eles apontaram dois possíveis motivos para os tumultos registrados nos presídios. Odon disse que os presidiários falaram que a briga entre duas facções criminosas deu início ao tumulto. Uma outra causa apontada pelo advogado, foi o atraso nos processos penais.
Fonte: G1 PARAÍBA
Sertãozinho Notícias - PB
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