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quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Justiça adia julgamento de dois acusados de matar modelo na Paraíba

Foi adiado para fevereiro o júri da mandante e do executor do homicídio. Apenas o julgamento de um dos acusados teve início nesta quinta.

Três réus antes do início do julgamento do caso da
morte de modelo (Foto: Jhonathan Oliveira/G1)
A Justiça da Paraíba adiou, nesta quinta-feira (28), o julgamento de dois acusados de participação na morte do modelo Dalmi Barbosa, assassinado a tiros em 22 de dezembro de 2012 na cidade de Santa Rita.

O júri popular de Ana Paula Teodozio de Carvalho, apontada como mandante do crime, e de Júlio César Xavier do Nascimento, executor do homicídio, foi remarcado para o dia 13 de fevereiro de 2014 por decisão da juíza Lilian Cananéa. O julgamento, no Fórum de Santa Rita foi aberto na manhã desta quinta apenas para o réu Mateus Alves da Silva, acusado de dirigir o carro usado no crime.
A decisão pelo adiamento do julgamento de Ana Paula aconteceu atendendo a pedido da defesa dela. O advogado argumentou que estava viajando e não podia comparecer ao júri. Já os advogados que estavam representando Júlio César foram autuados, mas não compareceram o Fórum e por isso o caso dele também acabou adiado. A juíza deu um prazo de 10 dias para ele conseguir novos advogados, após o réu dizer que não queria continuar com os faltosos.

Após a juíza anunciar o adiamento do julgamento dos dois réus, teve início o júri popular de Mateus Alves com o sorteio dos jurados. Defesa e acusação recusaram os três nomes que eram de direito de cada e o conselho de sentença acabou formado por cinco mulheres e dois homens.

Réu ficou de cabeça baixa durante o julgamento
(Foto: Jhonathan Oliveira/G1)
Em seguida começaram os depoimentos das testemunhas e a primeira a ser ouvida foi Raquel Teófilo, noiva de Dalmi Barbosa. Indagada pelo promotor Onéssimo Gomes, ela disse desconhecer Mateus Alves e que só soube da sua participação no crime pela polícia e pela imprensa.

Apesar da mandante do crime, Ana Paula, não estar sendo julgada, Raquel também foi questionada pelo Ministério Público sobre os motivos que teriam feito com que a acusada mandasse matar o modelo. As investigações apontam que Ana Paula encomendou o crime porque era apaixonada por Raquel e não queria que ela se casasse com Dalmi. “Em momento nenhum ela deixou isso claro, várias vezes eu pressionei ela na parede e perguntei e ela sempre se sentiu ofendida”, disse sobre a suposta paixão. Ela também negou que tenha se sentido assediada em algum momento.

O julgamento de Mateus Alves da Silva deve se estender durante todo o dia de hoje. Além dele e dos dois réus que tiveram o júri adiado, um quarto acusado também responde pelo assassinato de Dalmi. André Pedro da Silva é apontado como dono da arma usada no crime. Por aguardar a análise de um recurso, o julgamento dele ainda não tem data.

Entenda o caso

Ana Paula Teodozio de Carvalho, que era amiga do modelo e também da noiva dele, é apontada pela polícia como a mandante do homicídio. As investigações apontam que a acusada estaria apaixonada pela noiva do rapaz. “Ela tinha obsessão por essa garota”, disse o delegado Everaldo Filho durante as investigações.

Mateus Alves da Silva, segundo as investigações, aceitou participar do crime para quitar uma dívida de R$ 400 com Ana Paula. Já Júlio César teria recebido R$ 100 para executar o assassinato.

O delegado Pedro Ivo, da Delegacia de Homicídios, disse durante as investigações que a mulher confirmou ter sido a mandante, mas que a intenção não era matar o modelo Dalmi. De acordo com o depoimento da acusada, o objetivo do grupo era atirar nos testículos de Dalmi para que ele ficasse impossibilitado de engravidar a noiva. Ela chegou até a criar um álibi dizendo que estava no dentista durante o crime. A jovem enviou mensagens para o celular da irmã, dizendo que estava no dentista e ainda conseguiu um exame falso.

Os quatro réus são acusados de homicídio duplamente qualificado, formação de quadrilha e porte ilegal de arma.

Fonte: G1 PB

Sertãozinho Notícias - PB

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