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segunda-feira, 10 de março de 2014

Criança morre de meningite bacteriana na Paraíba, diz hospital

Criança deu entrada em hospital com queixas de otite e sinusite. Diagnóstico foi dado após alta de leucócitos e rigidez da nuca.


Um menino de seis anos morreu de meningite bacteriana no sábado (8), em João Pessoa, após dar entrada no Hospital João Paulo II, no Centro da capital, com queixas de sinusite e otite. Ele chegou a sofrer quatro paradas cardíacas e convulsões e não pôde ser transferido para o Hospital Universitário, referência no tratamento da doença, de acordo com Ana Cristina Lira, coordenadora médica do hospital.

“De acordo com a mãe, ele se queixava de dores há 24 horas e vômito, mas não tinha febre nem dor na nuca, rigidez, secreção ou tosse”, explicou a coordenadora. Ela ainda afirmou que três médicas acompanharam o menino e os primeiros sinais de problemas mais sérios apareceram quando o resultado do exame de sangue acusou uma taxa elevada de leucócitos.

“Os leucócitos dele estavam em 18 mil. O normal é entre 5 e 10 mil. A médica responsável então pediu a internação e iniciou o tratamento com antibióticos porque quando os leucócitos estão em baixa, o problema é viral. Se estiveram em alta, é bacteriano”, explicou Ana Cristina.

Menos de seis horas depois da entrada da criança no hospital, o quadro evoluiu e piorou e o menino começou a apresentar rigidez na nuca. “Assim que a suspeita de meningite se apresentou, nós entramos em contato com o Hospital Universitário e conseguimos uma vaga. Pedimos ambulâncias para a transferência, mas ele sofreu quatro paradas cardíacas em um espaço de tempo muito pequeno. Mesmo após ele ter sido entubado, não estava com o quadro estável para ser removido”, afirmou a coordenadora médica do hospital.

A infectologista Helena Germóglio, da comissão de infecção hospitalar do Hospital João Paulo II, disse que o diagnóstico inicial da meningite é sempre empírico. “Como ele entrou com uma otite e evoluiu de forma grave, apresentando até convulsões, se pensou que podia ser uma meningite secundária a um foco, fechada, que não apresenta contágio. Infecções como otite, sinusite e mastoidite podem levar à meningite”, explicou a médica.

Ainda de acordo com Helena Germóglio, o hospital tomou as medidas profiláticas para evitar infecções, mesmo a meningite apresentada pela criança não sendo do tipo contagioso. “O diagnóstico pós morte apresentou meningite bacteriana como causa do óbito porque as meninges estavam contornadas de pus”, informou a infectologista.

“A profilaxia deve ser feita em quem teve contato íntimo e direto com o paciente infectado ou com alguma secreção. A profilaxia não é aplicada em todos os tipos de meningite nem em todas as pessoas no mesmo local onde o paciente está, mas nós optamos por esse método para tranquilizar os pais e os demais pacientes”, explicou Helena Germóglio.

O corpo do menino já foi liberado para a família.

Fonte: G1 PB

Sertãozinho Notícias - PB

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